As obras para a construção do Projeto Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira, que será a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no País, continuam e já atingiram a marca de 90% das obras civis concluídas.
Na última segunda-feira, dia 30, uma importante etapa de estruturação do projeto foi iniciada pela FCA Brasil Soluções em Vácuo, empresa de Campinas especializada na fabricação de câmaras e componentes especiais para ultra-alto-vácuo.
Os seis primeiros frontends do Sirius, equipamentos responsáveis pelo condicionamento inicial do feixe de luz, preservação do vácuo e proteção radiológica, começaram a ser montados pela equipe técnica da FCA Brasil in loco. O processo de montagem e condicionamento deve durar cinco meses. É a primeira vez que uma empresa privada, de capital nacional, produz esse tipo de tecnologia no País.
A FCA Brasil foi responsável pelo desenvolvimento do processo de fabricação e de condicionamento de 60% das câmaras de ultra-alto-vácuo que serão utilizadas no novo acelerador de partículas. Toda a produção foi realizada de acordo com as especificações técnicas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Estas câmaras estão sendo entregues no conceito “plug-and-play” (prontas para o uso). O projeto foi viabilizado com recursos destinados à pesquisa advindos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na ordem de R$ 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil), por meio de seleção pública.
Para o CEO da FCA Brasil Soluções em Vácuo, Fernando José Arroyo, a entrega e montagem dos equipamentos é um marco para a empresa: “Esse é o mais importante trabalho executado pela FCA Brasil. Temos muito orgulho de produzir equipamentos tão sofisticados em solo nacional pela primeira vez”, disse Fernando. “Sabemos da importância do Sirius para a ciência mundial e por isso, temos consciência do tamanho de nossa responsabilidade em fazer parte desta história. Além disso, é de grande importância para a nossa empresa, pois abrirá portas para o mercado externo”, afirma.O Projeto Sirius está em construção desde 2014 e a previsão é de que o acelerador comece a funcionar no segundo semestre final deste ano. A conclusão total da obra é esperada para 2020.
Usar uma foto do site: https://www.lnls.cnpem.br/sirius/
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